São pensamentos soltos, traduzidos em palavras pra que você possa entender, o que eu também não entendo.

LAURA II


CAPÍTULO I

CAPÍTULO II

 Ao chegar em casa, meu velho e bom amigo Gino estava me esperando.
 - Não sabia que iria sair hoje tão cedo.
Foi o que ele me disse assim que cheguei. Contei-lhe sobre Laura. Mas no decorrer da conversa não notei nenhum entusiasmo de sua parte.
 - Ela está noiva do militar Lopes.
Aquelas palavras de Gino foram como um tiro no meu peito. Laura, tão meiga, doce e suave. Noiva de um brutamonte. Lopes era frio, grosso e de péssimos costumes. Não conseguia entender a união dos dois. A calça que seu pai fizera havia ficado comprida demais para as minhas pernas. Levei isso como um sinal, e fui ao alfaiate no dia seguinte. Sentei-me junto a Laura nos bancos que ficavam em frente à alfaiataria.
- Não me falou que era noiva.
 Assim que terminei essa frase, congelei. Podia parecer estúpida, ou arrogante demais, mas já estava dita.
-  Não lhe falei nada sobre mim. Porque haveria de lhe dizer isso?
- Você o ama?
- Venha comigo – respondeu.
Ela caminhou rapidamente até os fundos do balcão, mas antes olhou para seu pai, ele estava distraído demais com a calça para notar. Então, sussurrando disse:
- Não, não o amo. Foi um casamento arranjado pelo meu pai.
 - Então se case comigo – disse olhando profundamente nos seus brilhantes olhos.
- Lopes nos mataria. Você é louco, me esqueça.
 Olhei para os lados, só havia algumas crianças brincando, mas estavam distantes, nada que eu pudesse me preocupar. Dei uma rápida encostada em seus lábios, ela não correspondeu, mas também não evitou. Depois disso ela correu até o banco aonde estava sentada. Eu fui logo em seguida. Peguei minha calça com seu pai e voltei para casa. Encontramos-nos no dia seguinte. Decidi ir à alfaiataria, seu pai não estava, havia ido atender um cliente em casa. Beijei-a outra vez. Mas dessa vez havia sido um longo e demorado beijo. Ela estava achando aquilo uma loucura, mas era uma loucura boa. Uma mistura de medo e paixão. Ela tinha uma imensa sede de viver, eu pude notar pelo seu ardente beijo. Parecia que ela nunca tinha sido amada. A fiz tremer, disparei seu coração a cada toque meu em seu corpo. Seus lábios não sabiam para onde ir. Ela se perdeu em mim. Nós nos perdemos. Seus cabelos nunca estiveram tão soltos. Eu podia ver como eles eram maiores do que aparentavam, eles se enroscavam em minhas mãos. Só conseguia pensar em possuí-la cada vez mais. A razão desaparecera, para que a emoção tomasse seu lugar. 

3 comentários:

Rubi disse...

Mas que texto maravilhoso!
Você quem escreve ?
Vou agora mesmo dar uma olhada no primeiro capítulo, para entender melhor a história.

J.Game. disse...

Muito legal seu blog

estou seguindo

comenta e segue o meU:

http://wwwgamesedownloads.blogspot.com

Bruno Ferreira disse...

Gostei do texto, irei segui-lo.

da uma olhada depois se der tempo: http://mensagensquenaomandei.blogspot.com/

saúde.

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Amar não é ter que ter sempre certeza. É aceitar que ninguém é perfeito prá ninguém. É poder ser você mesmo, e não precisar fingir. É tentar esquecer e não conseguir fugir.Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado.Mas quando penso em alguém, é por você que fecho os olhos. Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo, que você vai entender... Posso brincar de descobrir desenho em nuvens. Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis. Posso tirar a tua roupa, posso fazer o que eu quiser. Posso perder o juízo, mas com você eu tô tranquilo, tranquilo... Agora o que vamos fazer, eu também não sei. Afinal, será que amar é mesmo tudo? Se isso não é amor. O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...